A Coinbase, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, anunciou nesta quinta-feira que um ataque cibernético Coinbase pode resultar em prejuízos financeiros entre US$ 180 milhões e US$ 400 milhões. A violação afetou dados pessoais de um pequeno grupo de clientes e expôs vulnerabilidades importantes, gerando preocupações no mercado e entre os investidores.

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Detalhes do ataque cibernético Coinbase e impacto financeiro

O ataque cibernético Coinbase teve início em 11 de maio, quando a empresa recebeu um e-mail de um agente de ameaça desconhecido, que alegava possuir informações sobre contas específicas de clientes e documentos internos da corretora. Segundo a Coinbase, embora os hackers tenham acessado dados como nomes, endereços e e-mails, as credenciais de login e senhas permaneceram seguras. Ainda assim, a empresa estima que os custos totais da violação possam chegar a US$ 400 milhões.

Além do impacto financeiro direto, a Coinbase se comprometeu a reembolsar os clientes que, por meio de ataques de engenharia social, foram induzidos a enviar fundos aos invasores. Para impedir futuras ocorrências, a empresa está adotando novas medidas de segurança, incluindo a abertura de um centro de suporte adicional nos Estados Unidos.

Funcionários envolvidos e medidas internas

Investigação interna revelou que os hackers pagaram prestadores de serviços e funcionários terceirizados que atuavam em funções de suporte fora dos Estados Unidos para obter acesso às informações confidenciais. A Coinbase já demitiu todos os colaboradores envolvidos nessa falha de segurança, reafirmando seu compromisso com a proteção dos dados dos clientes.

A empresa também se recusou a pagar um pedido de resgate de US$ 20 milhões feito pelos hackers. Em contrapartida, lançou uma recompensa do mesmo valor para quem fornecer informações que levem à captura dos responsáveis pelo ataque cibernético Coinbase.

Repercussões no mercado e investigação da SEC

Após a divulgação do ataque cibernético Coinbase, as ações da empresa caíram cerca de 6,5%, refletindo a preocupação dos investidores diante do incidente. O momento é particularmente sensível, já que a Coinbase estava prestes a entrar no índice S&P 500, um marco importante para o setor de criptomoedas.

Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) iniciou uma investigação para apurar se a empresa divulgou incorretamente dados relacionados ao número de usuários ativos. De acordo com o diretor jurídico da Coinbase, Paul Grewal, essa é uma investigação remanescente de gestões anteriores e que a métrica investigada não é mais reportada há mais de dois anos. A SEC, por sua vez, não comentou o caso.

Desafios de segurança no setor de criptomoedas

O ataque cibernético Coinbase evidencia as crescentes ameaças enfrentadas pelo setor de criptomoedas. Em 2024, roubo de ativos digitais somou US$ 2,2 bilhões, segundo relatório da Chainalysis. Casos recentes, como o roubo de US$ 1,5 bilhão na plataforma Bybit, mostram que os criminosos estão se tornando cada vez mais sofisticados.

Especialistas destacam que ataques como esse podem impulsionar o setor a adotar processos rigorosos para seleção e monitoramento de funcionários, além de fortalecer os protocolos de segurança. Para a corretora Coinbase, o incidente representa um alerta para a importância de proteger a confiança dos clientes em um mercado que ainda é considerado emergente.