A Alupar (ALUP11) anunciou nesta segunda-feira (03) a conquista de dois projetos de transmissão de energia em leilão no Chile, que juntos requerem investimentos de 145,9 milhões de dólares.

Conforme a empresa, a receita anual permitida (RAP) total dos empreendimentos totaliza 19,4 milhões de dólares, resultando em uma média de 13,3% na relação entre RAP e investimento (Capex).

Os novos ativos serão implantados na região norte do Chile, abrangendo os Estados de Antofagasta e Atacama, com previsão de entrada em operação em até 42 meses. O contrato de prestação de serviços será de 25 anos para ambos os projetos.

A Alupar destaca que está iniciando um novo ciclo de crescimento por meio de projetos com retorno consistente e expansão geográfica em países com regulação sólida. A estimativa é investir um total de 270 milhões de dólares até 2027 no Chile, Peru e Colômbia, com uma RAP contratada totalizando 35,7 milhões de dólares.

Desempenho da Alupar (ALUP11) no 1T24

A Alupar registrou um lucro líquido de R$ 153,9 milhões no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2023. Sob as normas IFRS, o lucro da empresa alcançou R$ 254,9 milhões, uma alta de 10,5% na comparação anual.

Entre janeiro e março, o Ebitda regulatório da Alupar foi de R$ 669,2 milhões, uma ligeira redução de 0,5%. O Ebitda IFRS do primeiro trimestre foi de R$ 811,8 milhões, praticamente estável com uma alta de 0,02% em relação ao ano anterior.

A receita regulatória da Alupar no trimestre somou R$ 791,4 milhões, uma redução de 0,5% em comparação ao primeiro trimestre de 2023. A receita IFRS atingiu R$ 996,5 milhões, uma diminuição de 0,7%.

Para o faturamento regulatório, cerca de 35% dos contratos são ajustados pelo IGP-M, que teve variação negativa, enquanto 65% são ajustados pelo IPCA, que teve variação positiva. “No final, um índice acabou compensando o outro”, explicou Luiz Coimbra, superintendente de Relações com Investidores da Alupar.

A dívida líquida da Alupar no final do trimestre foi de R$ 8,734 bilhões, um aumento de 0,1% em relação ao ano anterior. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda regulatório, ficou 0,2 ponto percentual menor, em 3,3 vezes.

Gabryella Mendes

Redatora do Melhor Investimento.