Top 10 fundos imobiliários que mais cresceram em 2024

O mercado de fundos imobiliários (FIIs) no Brasil tem se mostrado cada vez mais atrativo para investidores que buscam diversificação, liquidez e rendimentos passivos. Em 2024, alguns FIIs se destacaram pelo seu desempenho superior, oferecendo retornos expressivos em um cenário econômico desafiador. 

Confira neste artigo uma breve análise dos 10 fundos imobiliários mais rentáveis do ano, explicando o que são FIIs, os benefícios de investir neles e as desvantagens a serem consideradas. 

O que são fundos imobiliários?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são veículos de investimento coletivo que permitem aos investidores aplicarem recursos no mercado imobiliário de forma indireta. Ao adquirir cotas de um FII, o investidor passa a ter direito a uma parcela dos rendimentos provenientes dos ativos imobiliários que compõem o fundo. Esses ativos podem incluir imóveis físicos, como edifícios comerciais e residenciais, ou títulos de dívida imobiliária, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Os FIIs são uma maneira prática e acessível de investir no setor imobiliário sem a necessidade de adquirir e gerenciar imóveis diretamente. Eles são negociados na bolsa de valores, oferecendo liquidez aos investidores, que podem comprar e vender cotas conforme suas necessidades e estratégias.

Top 10 Fundos Imobiliários de 2024

O ano de 2024 tem sido marcado por diversas movimentações e mudanças significativas no mercado de fundos imobiliários (FIIs).

No primeiro semestre de 2024, os fundos imobiliários tiveram um desempenho variado, influenciado por diferentes fatores econômicos e de mercado. O IFIX, principal índice de fundos imobiliários no Brasil, encerrou o período com uma performance de 1,1%. Este resultado foi impactado positivamente pela alta de 4,4% dos fundos de CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), enquanto os fundos de tijolo apresentaram uma performance negativa de -0,6%​.

Os fundos híbridos e de lajes corporativas se destacaram no início do ano, com valorização significativa. O fundo MFII11, por exemplo, registrou uma valorização de 17,01% nos primeiros seis meses do ano. Este fundo de desenvolvimento da Mérito conseguiu ampliar os dividendos pagos em 11% neste período, atingindo R$ 1,20 por cota.

Mas quais foram os fundos de maiores destaques este ano? Confira abaixo!

1. RBHG11 

Com um retorno de 14,3% no último ano, este fundo da Rio Bravo destaca-se pela sua carteira diversificada e gestão eficiente. A diversificação da carteira, que inclui mais de 40 ativos em 12 setores diferentes, ajuda a mitigar riscos e garantir fontes de receita estáveis.

2. OUJP11

Oferecendo um retorno de 13%, é conhecido por sua solidez e boas práticas de investimento. Este fundo investe em ativos de crédito imobiliário de alta qualidade, garantindo uma menor volatilidade e maior previsibilidade dos rendimentos.

3. CVBI11

Também com um retorno de 13%, este fundo é uma opção atrativa para investidores em busca de estabilidade. A carteira do CVBI11 é composta por títulos de dívida imobiliária de empresas sólidas, proporcionando segurança ao investidor.

4. XPCI11

Com um retorno de 12,9%, é reconhecido pela sua consistência e segurança. Este fundo se destaca por investir em ativos imobiliários com boa rentabilidade e menor risco de crédito, oferecendo retornos atraentes aos cotistas.

5. HSAF11

Apresenta um retorno de 12,8%, sendo uma escolha sólida no mercado de FIIs. O HSAF11 investe em imóveis comerciais bem localizados e com contratos de aluguel de longo prazo, garantindo uma renda estável e previsível.

6. HREC11

Com um retorno de 12,3%, destaca-se pela diversificação de ativos. Este fundo investe em uma combinação de imóveis físicos e títulos de dívida, proporcionando uma boa relação entre risco e retorno.

7. PLCR11

Oferecendo um retorno de 11,8%, é conhecido por sua estabilidade e boa gestão. A carteira do PLCR11 é composta por imóveis comerciais e residenciais, bem como títulos de dívida imobiliária, diversificando os riscos e maximizando os retornos.

8. MCCI11

Com um retorno de 11,7%, é uma opção segura e rentável. Este fundo investe predominantemente em ativos de crédito imobiliário de alta qualidade, garantindo uma menor volatilidade e maior previsibilidade dos rendimentos.

9. VRTA11

Apresenta um retorno de 11,2%, sendo uma escolha consistente para investidores. O VRTA11 foca em ativos imobiliários com bons contratos de aluguel, oferecendo uma renda passiva estável e previsível aos seus cotistas.

10. RBRR11 

Fechando o ranking, oferece um retorno de 10,4%, consolidando-se como uma opção confiável no mercado de FIIs. A gestão eficiente e a diversificação da carteira são os principais fatores que contribuem para o bom desempenho deste fundo.

A performance dos FIIs foi influenciada por expectativas de mudanças na taxa SELIC e na inflação. 

No início do ano, esperava-se que a SELIC ficasse entre 8,5% e 9,0% ao ano, o que animou o mercado. No entanto, a partir de abril, a piora na percepção do risco fiscal no Brasil e a atenção do mercado em relação à trajetória de juros nos EUA causaram uma revisão das expectativas de inflação e SELIC, aumentando a volatilidade no mercado. Isso resultou em uma queda de 1,8% no IFIX, majoritariamente influenciada pela queda de 3,1% dos fundos de tijolo.

Benefícios de investir em FIIs

Diversificação

Os FIIs permitem a diversificação do portfólio, reduzindo o risco associado a investimentos em um único imóvel ou setor. Ao investir em FIIs, o investidor pode possuir uma parte de vários imóveis ou títulos de dívida, espalhando os riscos e potencializando os retornos.

Acessibilidade

É possível investir em FIIs com valores menores, diferentemente da compra direta de imóveis, que requer um capital significativo. Isso torna os FIIs acessíveis a um maior número de investidores, permitindo a participação no mercado imobiliário com pequenos aportes.

Liquidez

As cotas dos FIIs são negociadas na bolsa de valores, facilitando a compra e venda conforme a necessidade do investidor. Ao contrário dos imóveis físicos, que podem demorar para ser vendidos, as cotas de FIIs podem ser negociadas rapidamente, oferecendo maior flexibilidade.

Rendimentos

Muitos FIIs distribuem rendimentos mensais, oferecendo uma fonte de renda passiva regular. Esses rendimentos são provenientes dos aluguéis dos imóveis ou dos juros dos títulos de dívida que compõem a carteira do fundo, proporcionando uma renda estável aos cotistas.

Gestão profissional

Os fundos são geridos por profissionais experientes, que buscam maximizar os retornos e minimizar os riscos para os investidores. A expertise dos gestores é fundamental para a seleção dos ativos e para a tomada de decisões estratégicas, garantindo uma gestão eficiente e rentável.

Desvantagens de investir em FIIs

Volatilidade

As cotas dos FIIs podem sofrer variações de preço, influenciadas por fatores econômicos e de mercado. Eventos macroeconômicos, mudanças nas taxas de juros e oscilações no mercado imobiliário podem impactar o valor das cotas, gerando volatilidade.

Taxas

Alguns FIIs podem cobrar taxas de administração e performance, que podem impactar os retornos líquidos do investidor. Essas taxas remuneram os gestores pela administração do fundo, e é importante que o investidor avalie se o custo-benefício é favorável.

Riscos de mercado

Os rendimentos dos FIIs estão sujeitos às condições do mercado imobiliário e da economia em geral, podendo variar conforme a conjuntura econômica. Mudanças na oferta e demanda por imóveis, bem como nas condições de crédito, podem afetar a rentabilidade dos fundos.

Regulamentação

Mudanças na legislação ou na regulamentação do setor imobiliário podem impactar negativamente os FIIs. Alterações nas regras de tributação, por exemplo, podem afetar a atratividade dos fundos para os investidores.

Investir em fundos imobiliários pode ser uma estratégia eficiente para diversificar o portfólio e obter rendimentos passivos. No entanto, é fundamental realizar uma análise técnica cuidadosa e considerar os riscos envolvidos. 

Consultar um assessor de investimentos é essencial para tomar decisões informadas e alinhadas aos objetivos financeiros individuais.