Contraproposta de R$ 109 bilhões é apresentada para reparação da tragédia de Mariana
Uma contraproposta para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, foi apresentada pelo poder público nesta quinta-feira (6). A tragédia, que ocorreu em novembro de 2015, resultou na morte de 19 pessoas, além de causar destruição em distritos e poluição no Rio Doce e no litoral norte do Espírito Santo. […]

Uma contraproposta para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, foi apresentada pelo poder público nesta quinta-feira (6). A tragédia, que ocorreu em novembro de 2015, resultou na morte de 19 pessoas, além de causar destruição em distritos e poluição no Rio Doce e no litoral norte do Espírito Santo.
A contraproposta, no valor de R$ 109 bilhões, supera a oferta anterior feita pelas mineradoras Vale e BHP, que haviam proposto R$ 90 bilhões, incluindo obrigações a fazer. Essa nova proposta representa um esforço significativo na busca pela reparação dos prejuízos causados pela maior tragédia ambiental do país.
Detalhes da contraproposta para reparação da tragédia de Mariana
A contraproposta estabelece que o montante seja pago ao longo de 12 anos, não incluindo os valores já gastos em ações de compensação nem a cifra estimada para executar obrigações que permanecerão sob responsabilidade das mineradoras. A Advocacia-Geral da União (AGU) explicou que o prazo de 12 anos considera a proposta inicial das empresas, que sugeriram um pagamento em 20 anos, descontando os oito anos transcorridos desde a tragédia.
Em abril, Samarco, Vale e BHP propuseram pagar R$ 90 bilhões, sendo que R$ 18 bilhões seriam destinados a obrigações a fazer. No entanto, esse valor foi considerado insuficiente pelo poder público, que agora oferece uma contraproposta 51,3% maior.
Entrega do documento e responsabilidade
A contraproposta foi entregue ao desembargador federal Ricardo Rabelo, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, responsável pela condução das negociações. Segundo a AGU, os valores acordados serão integralmente utilizados para a realização de medidas reparatórias e compensatórias ambientais e socioeconômicas, assumidas pelo poder público após a assinatura do acordo.
Posicionamento do governo de MG
O governo de Minas Gerais destacou, em nota, o esforço do poder público na busca pela reparação dos danos causados. Afirmou ainda que cabe às empresas demonstrarem sua responsabilidade social e ambiental com a sociedade brasileira.