Apostas da Mega financia atletas olímpicos: diretor do COB explica 

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Última atualização:  08 de set, 2024 às 13:30
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Você sabia que ao apostar na Mega, Quina ou qualquer outra loteria da Caixa Econômica Federal, você está contribuindo para o desenvolvimento dos atletas brasileiros rumo às medalhas olímpicas? Segundo a Lei Agnelo Piva, 1,7% de todas as apostas são destinadas ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao “Movimento Olímpico”. Em 2023, essa contribuição somou R$ 225 milhões, conforme dados do COB. Mas como esse montante chega efetivamente aos atletas?

A distribuição dos recursos do COB é feita de forma criteriosa e transparente. Dos fundos recebidos, 80% são repassados às 29 confederações de modalidades olímpicas, levando em conta a performance esportiva, gestão ética e transparência das entidades. “Esses critérios garantem que o dinheiro seja utilizado de maneira eficiente e que as confederações estejam comprometidas com a governança”, afirma o CMO do COB.

A governança é um dos pilares do modelo de distribuição do COB. Para garantir a correta aplicação dos recursos, as confederações precisam cumprir exigências rigorosas de gestão ética e transparência. Esse modelo visa não apenas o desenvolvimento esportivo, mas também a integridade e a confiança na administração dos recursos.

“O COB é uma entidade que recebe recursos públicos e, por isso, temos a responsabilidade de administrar esses fundos com total transparência. Nossa estratégia é equilibrar o uso de recursos públicos e privados, atualmente na proporção de 80%-20%”, diz Herbetta.

No programa Negócios do Esporte, Gustavo Herbetta detalhou como funciona o financiamento do esporte olímpico no Brasil. Com 25 anos de experiência em marketing e publicidade, Herbetta está no COB desde maio de 2022. Um de seus principais desafios é reduzir a dependência do COB em relação ao dinheiro das loterias.

“Queremos aumentar a participação de recursos privados no financiamento do COB. Atualmente, temos 21 patrocinadores que contribuíram para um aumento de 250% na receita do Comitê. Nosso objetivo é criar um programa atrativo para as marcas, que reconheçam os valores e benefícios de apoiar o esporte olímpico”, explica Herbetta.

A diversificação de recursos é uma estratégia fundamental para a sustentabilidade do COB. Segundo Herbetta, a entidade busca equilibrar a balança entre recursos públicos e privados, garantindo a continuidade e o crescimento dos programas de apoio aos atletas.

“O esporte no Brasil tem um enorme potencial de crescimento. Nossa meta é atrair mais patrocinadores e parceiros que queiram associar suas marcas ao esporte olímpico, reconhecendo os valores e a visibilidade que esse apoio traz”, afirma.

O aumento no número de patrocinadores reflete a aceitação e o sucesso do programa do COB no mercado. “Por mais que o futebol tenha uma grande audiência, conseguimos mostrar aos patrocinadores que investir no esporte olímpico traz resultados positivos. O retorno tem sido significativo, e o produto tem uma aceitação gigantesca no mercado”, destaca Herbetta.