No mundo dos investimentos existem diversos termos que nem todos conhecem. Se você está entrando ou já está no mercado financeiro, talvez tenha ouvido falar a respeito do Swap.

Para te ajudar, explicaremos mais sobre esse tema, como ele funciona e quais são os tipos existentes. Continue a leitura!

O que é Swap?

Basicamente, Swap é uma troca que ocorre entre os investidores, fazendo com que o risco e a rentabilidade fiquem em posições distintas. Nesse caso, o contrato pode estar relacionado a ativos financeiros, commodities, entre outros.

No caso dos investimentos, a ferramenta pode ser usada especulativamente ou até mesmo como uma proteção.

Em resumo, o Swap é um acordo realizado entre ambas as partes, que podem ser: duas empresas, dois investidores, um investidor e uma empresa etc.

A ideia é que os envolvidos na negociação, sejam pessoas físicas ou jurídicas, entrem em comum acordo para a troca de rentabilidade em determinadas aplicações. Mas isso significa aceitar os riscos de cada ativo.

O contrato pode passar por mudanças de tempos em tempos, mas desde que isso seja acordado antecipadamente entre as partes. Sendo assim, a troca ocorre quando chegar a data de vencimento estipulada no documento.

Para que ele é utilizado?

O contrato de Swap é utilizado para que a carteira de um investidor tenha maior previsibilidade, tanto no que diz respeito aos investimentos quanto nas especulações.

Essa estratégia tem sido cada vez mais procurada pelos investidores, principalmente para os individuais. Outros personagens recorrentes são os especuladores e as empresas, que procuram formas de conseguir maior lucro a curto, médio ou longo prazo.

Aqueles que trabalham com especulação na bolsa de valores, o contrato Swap é uma boa ferramenta para garantir boa lucratividade, mesmo que em um tempo menor.

Os traders conseguem bons rendimentos por meio da variação do valor de moedas estrangeiras. Dessa forma, eles aproveitam as oscilações da economia para aumentar sua receita. Mas é importante ressaltar que essa estratégia é feita depois de uma análise técnica detalhada.

No caso das empresas, o Swap chama atenção dos que trabalham com importações e exportações, ou seja, tudo que envolve o mercado externo. Essas companhias utilizam a técnica para proteger suas finanças de imprevistos com o dólar, por exemplo.

Como o Swap funciona?

Agora que você já sabe o que é o Swap, explicaremos um pouco mais sobre como ele funciona. Para isso, vamos a um exemplo: imagine que uma empresa que trabalha com exportações, recebe o valor de suas vendas em dólar, mas suas despesas com a produção são pagas em real.

Nessa situação, a empresa tem a consciência de que receberá em um mês, o equivalente a 500 mil dólares pelo que vendeu, mas terá que pagar 2,2 milhões de reais pelos custos.

Suponhamos que, nesse momento, o dólar esteja cotado em 5 reais, assim, o lucro obtido pela empresa seria de 200 mil reais. Mas essa afirmação não está correta, pois não podemos utilizar a cotação atual, mas a de daqui a 30 dias.

Em resumo, se o dólar subir, as chances de ter uma maior lucratividade crescem, ultrapassando o valor estimado. Mas também pode ocorrer o efeito contrário, pois com a queda da moeda americana é possível que a empresa tenha prejuízo.

Por exemplo:

  • Dólar sobe e vai para R$ 4,5: a empresa passa a ter um lucro de R$ 50 mil;
  • Dólar cai e vai para R$ 3,90: a empresa tem um prejuízo de R$ 250 mil.

Como pudemos perceber, a companhia fica à mercê da possível mudança cambial, podendo ter seu caixa afetado diretamente. Com essa oscilação, o negócio pode passar da possibilidade de um bom rendimento a uma possível perda de capital.

Para se proteger e evitar essa situação, a empresa efetua o contrato Swap, evitando grandes perdas em caso de uma variação no dólar. Assim, mesmo com as oscilações, o lucro não passará por grandes alterações.

Quais são os tipos de SWAP?

O exemplo do tópico anterior tem relação com o Swap cambial, mas existem outras modalidades explicadas a seguir. Veja:

Cambial

Essa modalidade é, provavelmente, a mais utilizada entre os contratos de Swap. Nela, um dos envolvidos assume o compromisso de arcar com a diferença existente na cotação de uma determinada moeda. Já a outra parte, fica com a taxa de juros prefixada.

O Swap cambial é muito usado pelo Banco Central, com o intuito de dar maior estabilidade à cotação do dólar americano em relação à moeda brasileira. Mas como citamos anteriormente, essa prática também é muito usada por empresas que trabalham com comércio exterior.

Índice

O Swap índice é mais indicado para quem trabalha com investimentos. Nesse caso, a troca é feita baseando-se nos índices de preços ou índices de ações. No caso dos preços, podemos dar como exemplo o IPCA, o IGP-M e o CDI. Já nas ações, os exemplos ficam na Ibovespa e IBrX-50.

Imagine que haja um contrato em que uma das partes fica responsável por realizar o pagamento conforme o índice na bolsa mais os juros. Em troca, o outro envolvido deve arcar com o valor gerado pela variação do CDI.

Taxa de juros

Aqui também há a troca entre a variação e a taxa de juros. Nesse Swap, existem duas envolvidas, a prefixada e a variável, sendo a segunda a principal responsável pela definição do lucro ou do prejuízo gerado para o investidor.

Quando o contrato chega ao fim, ambos participantes precisam assumir a diferença entre as taxas de juros.

Vamos a um exemplo: imagine que um investidor pegou um título com taxa prefixada, mas acabou se deparando com a possibilidade de ter alta de juros nos meses seguintes. Assim, ele pode fazer o Swap, trocando a prefixada pela pós-fixada.

Commodities

Nesse Swap, os maiores usuários são as empresas que trabalham com importação e exportação. O foco está em companhias que atuam com produtos de origem primária, como: algodão, carne, milho, soja, petróleo, entre outros.

Em resumo, essa troca é buscada pelas empresas que mantêm suas operações com base nos preços de commodities.

O que é Swap tradicional e reverso?

Já explicamos o que é o Swap e quais são os tipos existentes, agora falaremos um pouco mais sobre uma divisão muito importante: o tradicional e o reverso. Veja abaixo:

Swap tradicional

Nessa modalidade, o Bacen faz o pagamento ao investidor da oscilação sofrida pelo dólar. Além disso, há também a premiação, paga com o intuito de reduzir os danos causados pelas altas da moeda americana.

Em contrapartida, durante a vigência do contrato, o investidor deve pagar a variação dos juros ao Banco Central. Para isso, a taxa utilizada é a DI, sendo a que mais se aproxima da Selic, taxa básica de juros brasileira.

Quando o contrato termina, ambos os envolvidos devem trocar os rendimentos obtidos. Mas se houver um aumento do dólar acima dos juros, o investidor fica protegido, mas o BC acaba não lucrando.

Swap reverso

Com o nome intuitivo, podemos afirmar que o Swap reverso atua de forma contrária ao tradicional. Nessa modalidade, a troca acontece quando se faz necessário ter um controle sobre possíveis quedas da moeda americana.

Quando o dólar cai, muitas áreas do mercado acabam se prejudicando, principalmente as que atuam com exportações.

Em resumo, a ideia do reverso segue o mesmo mecanismo utilizado no tradicional, mas o que muda são as rentabilidades trocadas entre as partes.

Aqui, o BC oferece aos investidores a taxa de juros do período. Já o comprador faz o pagamento da oscilação cambial existente nesse mesmo tempo. Isso faz com que os investidores tenham a oportunidade de se proteger contra a desvalorização da moeda americana.

Nessa operação, o BC não visa obter ganhos, mas sim ter um maior controle sobre as quedas bruscas do dólar, que podem trazer problemas com a inflação.

Quais são as vantagens e desvantagens?

Os contratos de Swap podem ser muito vantajosos, principalmente no que diz respeito a empresas e investidores. Isso porque há uma proteção contra variação cambial, fazendo com que haja maior previsibilidade na hora de obter os rendimentos.

Outro grande benefício é a possibilidade que os investidores têm de mudar sua estratégia, caso haja alguma alteração econômica relevante. Nesse caso, é possível trocar as taxas de rentabilidade e o risco que uma aplicação pode gerar.

Como desvantagem, a maior delas envolve os custos que um contrato pode gerar. Mas outro problema é o risco que a aposta feita tem se não ser a ideal.

Imagine que uma empresa faz um contrato de Swap, querendo evitar prejuízos em caso de alta do dólar. Assim, essa companhia se compromete a fazer o pagamento da taxa de juros ao BC, se houver uma oscilação no valor da moeda. Caso o dólar suba, os juros deverão ser pagos de qualquer forma.

Qual a diferença de swap e hedge?

Hedge é uma estratégia utilizada para proteger o investidor da volatilidade de uma aplicação. Dessa forma, o Swap pode ser considerado um tipo de hedge. Mas vale ressaltar que, nem todo Swap é um hedge.

Basicamente, para ter maior proteção, quem adquire de ativos pode optar por diversas técnicas distintas além dessas duas, como, por exemplo: contratos futuros, opções etc.

Leilões de swap do Banco Central (Bacen)

O Banco Central realiza leilões de Swap com o intuito de ter um controle maior para que a cotação da moeda americana não chegue a valores muito altos. Eles são realizados por meio da venda do dólar no mercado à vista, utilizando recursos internacionais do Brasil.

A moeda fica no mercado por um período, mas precisa ser devolvida ao Banco Central nos meses seguintes.

A ideia é que esses leilões ajudem a diminuir a pressão gerada pela alta do dólar. A estratégia é fazer com que mais dinheiro esteja no mercado, fazendo com que seu valor seja reduzido.

Normalmente eles acontecem quando há falta de dólares no mercado de câmbio. Isso acontece, principalmente, em períodos em que a moeda é mais procurada, como, por exemplo, em período de férias, nas quais as pessoas compram com o intuito de viajar.

Como usar o swap para obter melhores resultados nos investimentos?

Agora que você entende melhor sobre como funciona o Swap, os tipos existentes, suas vantagens e desvantagens, é hora de se perguntar: como esse tipo de contrato pode me ajudar com os investimentos?

O intuito do contrato Swap é justamente fazer com que os investidores possam obter resultados positivos com seus ativos.

Ele é como uma garantia oferecida às pessoas que fazem aplicações ou operações na bolsa de valores. Isso acontece porque há uma espécie de blindagem nos investimentos e nas suas possíveis variações no mercado financeiro.

Essa estratégia é muito simples de ser aplicada, além de muito importante para quem quer evitar os prejuízos causados pelas oscilações constantes que o mercado oferece diariamente.

Gostou desse conteúdo sobre o que é Swap? Acesse nosso blog e leia outros artigos interessantes sobre como uma assessoria de investimentos especializada pode te ajudar.

Resumindo

O que é ajuste swap?

Trata-se de uma ferramenta de troca de rentabilidade entre taxa de juros e DI. A ideia é agir contra uma possível variação cambial. O Swap com ajuste periódico tem o mesmo objetivo do tradicional, mas a grande diferença está nas mudanças diárias destinadas aos detentores das posições.

Como ganhar dinheiro com swap?

Os Swaps são negociados no mercado de balcão e não tem um padrão. As partes ficam com eles até que haja fim da vigência do contrato. Uma delas, normalmente o contratante, deve fazer o pagamento de uma taxa para então receber o valor do acordo.

Em algumas situações é preciso fazer o pagamento de tributos, como o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O que é o principal de um swap de taxa de juro?

Swap de taxa de juros é um contrato no qual as partes trocam a variação de um determinado juro. Nesse caso, um dos envolvidos deve assumir a taxa prefixada, já a outra fica com o resultado desse mesmo juro, somando-se a variação pós-fixada.

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.