O que é e como funciona a previdência privada?
É equivocado pensar que a previdência privada se restringe para quem está próximo de se aposentar. Pelo contrário, quanto mais cedo começar, menor a espera da aposentadoria. Senão, os aportes financeiros devem ser mais altos para você conseguir um montante satisfatório. Então, para ter uma velhice sem abrir mão do seu padrão de vida atual, […]

É equivocado pensar que a previdência privada se restringe para quem está próximo de se aposentar. Pelo contrário, quanto mais cedo começar, menor a espera da aposentadoria. Senão, os aportes financeiros devem ser mais altos para você conseguir um montante satisfatório.
Então, para ter uma velhice sem abrir mão do seu padrão de vida atual, considere a previdência privada logo. Mas se você achar que demorou para iniciar o investimento: antes tarde do que nunca.
Até porque, ela não serve exclusivamente para objetivos de longo prazo. Por exemplo, você pode investir na previdência privada para fazer uma viagem internacional com a família em até 2 anos (curto prazo).
Achou interessante? Investir na previdência privada exige educação financeira. Então, antes de decidir sobre as opções de previdência disponíveis, conheça mais sobre o investimento!
O que é a previdência privada?
Trata-se de um investimento que visa elevar o patrimônio, como ao fornecer uma renda mensal no longo prazo, similar a previdência social.
Entretanto, a privada não tem relação com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Assim, ela é feita por escolha do investidor ou como benefício oferecido pela empresa em que ele atua.
No caso da previdência social, cuja contribuição se destina ao INSS, parte da renda é automaticamente descontada para formar a aposentadoria. Então, se você já contribui para ela, a privada pode servir como uma complementação.
Ou seja, investir na previdência privada não elimina a importância do investimento na do INSS e vice-versa, certo? Logo, a contribuição para a previdência social deve continuar, até para garantir outros direitos, como auxílio-acidente e pensão por morte.
Quais são os planos de previdência privada?
Existem dois tipos de planos, divididos entre quem pode ou não participar de cada um. A seguir, saiba mais sobre eles!
Aberto ou individual
Disponível para qualquer pessoa que queira aderir ao plano, ou até empresa interessada em oferecer a previdência para os colaboradores.
O resgate do acumulado pode ocorrer a qualquer momento após o prazo de carência — tempo mínimo de contribuição, de 60 dias a 6 meses.
Fechado ou fundo de pensão
É um plano mais restrito e criado pelas empresas para que apenas os próprios funcionários usufruam. Assim, eles contribuem com a previdência social — se tiverem carteira assinada — e também com a privada.
Então, a companhia pode fazer aportes periódicos com o colaborador, expandindo o montante. Para as empresas, essa alternativa costuma ser vantajosa por, além de valorizar o funcionário, ter taxas mais atrativas.
Além disso, quem faz parte de uma entidade de classe, como sindicatos, cooperativas, federações etc., também pode aderir ao plano fechado.
Logo, é criado um time particular para gerenciar o fundo, o que faz sentido para empresas de grande porte, devido aos custos envolvidos.
Entretanto, a desvantagem é que só é possível efetuar resgates na data de vencimento ou se o funcionário/associado da entidade se desligar.
Quais são os tipos de previdência privada?
A previdência privada é dividida em VGBL e PGBL, que diferem em como os tributos, como Imposto de Renda (IR), são cobrados. Acompanhe mais detalhes sobre cada um deles!
VGBL
A sigla quer dizer Vida Gerador de Benefício Livre. É um plano indicado para quem declara imposto no modelo simplificado ou é isento do pagamento, como por ter poucos gastos tributários.
Quem não recebe isenção tem o imposto cobrado nos rendimentos, em vez do montante. Por exemplo, imagine que você investiu R$ 20 mil na previdência privada em um ano, rendendo mais de R$ 6 mil. A Receita Federal deve cobrar impostos apenas dos R$ 6.000, entende?
PGBL
Refere-se ao Plano Gerador de Benefício Livre, recomendado para contribuintes da previdência social e quem declara imposto no modelo completo. Ou seja, pessoas que têm mais despesas dedutíveis, como gastos médicos, superiores a R$ 16.754,34 no ano.
Diferentemente do VGBL, os impostos são cobrados no montante. Por outro lado, o PGBL reduz até 12% da renda tributável, representando economia para o seu bolso.
Para entender melhor, imagine que em um ano o seu rendimento tributável foi de R$ 200 mil. Se 12% desse valor for abatido, logo:
- R$ 200 mil – dedução de até 12% da renda tributável = R$24 mil que podem ser aplicados no PGBL
Então, a taxação do IR não ocorrerá sobre os R$ 200 mil, mas sim em:
R$ 200 mil – R$ 24 mil = R$ 176 mil
Quais são as características da previdência privada?
Esse fundo de investimento é caracterizado pelas etapas de acumulação, resgate, tributação e taxas. Confira mais sobre cada uma delas!
Acumulação
É a etapa da junção de capital para elevar a rentabilidade. Para isso, é preciso fazer aportes financeiros, que podem ser mensais ou de uma única vez. O valor depende das suas condições, objetivo do investimento, prazo para resgate etc.
Resgate
Após um período, definido ao iniciar o investimento, o valor acumulado pode ser resgatado totalmente ou a cada mês. Também é possível resgatar antes do prazo se o plano da previdência for aberto, mas a rentabilidade tende a cair.
Tributação
Após optar pelo tipo de previdência privada, o investidor deve escolher a tributação, que define como o Governo cobra impostos no resgate. A tributação é separada em regime regressivo e progressivo. Saiba mais!
Regime Regressivo
Essa é uma tabela exclusiva dos planos de previdência privada, com taxações que diminuem conforme o tempo que o dinheiro fica investido. Então, ela começa em 35% e reduz de 5% a cada 2 anos até o mínimo de 10%.
Ou seja, é um regime ideal para aplicações de longo prazo, percebe? E ainda, é atrativo quando a alíquota efetiva* do Imposto de Renda for superior a 10%.
*Alíquota efetiva = (IR a pagar esperado) / Renda Esperada
Regime Progressivo
Aqui, quanto maior o montante resgatado, maior a cobrança de impostos, variando de 0 a 27,5%. No momento do resgate, é retida 15% na declaração do IR, tendo ajuste no final do ano. Assim, em alguns casos, pode haver uma restituição do valor a mais cobrado.
O regime progressivo costuma ser mais atrativo para quem tem rendimento alto — superior a R$ 4.664,68. Afinal, a cobrança de impostos será menor.
Taxas
Existem taxas cobradas pelas instituições financeiras e gestores do fundo que aplicam o dinheiro investido.
A de administração é a mais significativa, incidindo no patrimônio acumulado. Ela é paga mensalmente para remunerar os serviços de gestão e, em geral, varia entre 0,7% a 3% ao ano.
Existem outras taxas comuns nos planos de previdência, como a de carregamento (a cada aporte novo) e a de saída (no momento dos resgates). Entretanto, a cobrança delas é rara, sendo fácil escolher planos que dispensam essas taxas.
Quais são as vantagens da previdência privada?
Você já entendeu que esse fundo de investimento serve como uma complementação da previdência social, mas existem outros benefícios envolvidos. Acompanhe!
Descontos tributários
Conforme mencionado, optar pela previdência privada do tipo PGBL pode abater 12% da renda declarada no IR.
Além disso, investir a longo prazo no regime regressivo ou para rentabilidade acima de R$ 4.664,68 no Progressivo também traz benefícios fiscais. Em outras palavras, você paga menos para a Receita Federal.
Fácil mudança de plano
Você escolheu um plano e percebeu que não deu match com ele? É possível migrar de um PGBL para outro PGBL, ou de um VGBL para outro VGBL. A migração é uma alternativa quando a rentabilidade não foi a esperada e/ou as taxas se mostraram muito altas, por exemplo.
Isso pode ocorrer internamente, entre os planos disponíveis na mesma instituição, ou de forma externa a partir da portabilidade da previdência privada. Só não é possível mudar de PGBL para VGBL e vice-versa, ou de tributação Regressiva para Progressiva.
Resgate antes do vencimento
É possível retirar o dinheiro investido antes do fim do contrato e após o período de carência. Entretanto, essa regra é inválida para o plano fechado e ainda assim, você pode ter uma menor rentabilidade com o resgate antecipado.
E ainda, considere o regime escolhido. Afinal, no Regressivo é possível pagar mais impostos pelo fundo se o montante restante for inferior a R$ 4.664,68. Por outro lado, o Progressivo cobra menos se o montante for mantido por mais tempo.
Quais são os riscos da previdência privada?
Todo investimento envolve riscos, como de baixa rentabilidade, seja por ficar majoritariamente em ativos conservadores ou depender das oscilações de mercado. Contudo, é possível minimizar os riscos com uma composição mais estratégica do fundo.
Outro risco é o investidor ficar desassistido caso a instituição quebre e não tenha como pagar. Isso porque a previdência privada não tem FGC (Fundo Garantidor de Crédito) — indenização financeira em caso de problemas específicos.
Porém, a previdência privada é oferecida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro), instituições renomadas.
E ainda, ela é fiscalizada pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que traz mais segurança.
O que são os fundos de previdência privada?
Os fundos de previdência privada são modalidades que reúnem um grupo de investidores (cotistas) para obter lucros. É como juntar alguns amigos para um rodízio: o objetivo é único, mas cada um escolhe o sabor desejado.
Do mesmo modo, os investidores reunidos no fundo de previdência privada têm diferentes produtos financeiros para escolher.
Cada um deve optar pelo que fizer mais sentido, decisão auxiliada pelo gestor do fundo, focado em obter maior rentabilidade.
Os produtos adquiridos (renda fixa ou variável) são os planos de previdência privada, cujos recursos investidos serão aplicados em um fundo.
Como funcionam os fundos de previdência privada?
Em resumo, você escolhe o plano e o tipo de acordo com seu perfil de investidor, define o valor a contribuir e a frequência. Por fim, resgata o capital, preferencialmente na data de vencimento. Quer saber como isso funciona em detalhes? Continue a leitura!
Composição da carteira
É regra da previdência privada ter diversificação dos ativos investidos em renda fixa e variável para minimizar os riscos e elevar a rentabilidade. É comum que muitos gestores coloquem 80% do dinheiro em renda fixa e 20% na variável.
Por exemplo, é como se fossem colocados 80% de ovos em um cesto de material firme. Enquanto a porcentagem restante fica em outro, que apesar de inseguro, pode trazer mais retorno financeiro.
Contudo, a proporção de diversificação depende do perfil do investidor, indicando a tolerância aos riscos existentes.
Rendimento
A rentabilidade varia conforme a composição da carteira. Ao incluir renda variável, o investimento pode subir ou cair segundo as oscilações do mercado.
Escolha ousada, não é? Mas quem topa investir mais nesse tipo pode ser recompensado com maior rentabilidade.
Enquanto isso, a renda fixa é uma modalidade com regras de remuneração definidas na hora de investir, trazendo mais segurança. Logo, o rendimento não costuma ser alto, embora a baixa rentabilidade possa ser equilibrada com os ganhos da renda variável.
Custos
O valor mínimo para participar do fundo depende da instituição financeira. Algumas exigem valores a partir de R$ 1, outras R$ 10 mil. Além do aporte financeiro, lembre-se das taxas envolvidas, com destaque para a de administração e carregamento.
Saque e resgate
Após o acúmulo do patrimônio, o dinheiro investido pode ser aproveitado. Isso pode ocorrer com saques únicos, mensais ou periódicos, conforme a política do fundo de previdência privada investido.
Como escolher o plano de previdência privada?
A escolha do plano e outras particularidades da previdência privada depende do seu perfil de investidor. Ao defini-lo, fica mais fácil selecionar o modelo de gestão do fundo, a melhor estratégia de investimento e outros aspectos.
Outra alternativa é escolher aleatoriamente, mas é um risco que poderia ser evitado. A lógica de decidir sobre o melhor plano de previdência privada conforme o perfil do investidor é a mesma.
Vale a pena investir em previdência privada?
Esse investimento pode valer a pena especialmente para objetivos de longo prazo. Afinal, é possível elevar a rentabilidade, não depender exclusivamente do INSS, ter descontos tributários etc.
Contudo, para tirar um melhor proveito, foque em fundos que não cobram taxas exorbitantes, com bom histórico.
Conte com uma assessoria de investimento
Seja para investir na previdência privada ou em outras modalidades, é fundamental contar com uma assessoria de investimento. Isso porque, você já viu que existem diversas informações e estratégias para considerar, evitando perdas financeiras e decepções futuras.
Ao longo da leitura, você conheceu mais sobre o que é e como funciona a previdência privada. Como visto, ela é uma complementação, que somada à social, pode manter ou elevar o seu padrão de vida para uma maior tranquilidade financeira.
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