5 Melhores Investimentos em Renda Fixa para 2025
Com a taxa Selic em alta e um cenário econômico ainda incerto, muitos investidores buscam alternativas seguras e rentáveis para aplicar seu dinheiro. A renda fixa se apresenta como uma ótima opção para 2025, mas com tantas opções disponíveis, qual a melhor escolha?

Você já ouviu falar dos benefícios da renda fixa e quer começar a investir no mercado financeiro? A aplicação em títulos de renda fixa tem um nível de risco baixo e uma rentabilidade maior do que a da caderneta de poupança. Mas, afinal, quais os melhores investimentos em renda fixa?
Neste artigo, entenda o que é, como funciona, quais são os sete melhores investimentos em renda fixa e como começar a investir neles. Continue a leitura!
O que é renda fixa?
A renda fixa é uma modalidade de investimento, assim como a renda variável. No caso da renda fixa, as regras que definem o rendimento do investidor já são conhecidas quando da contratação da aplicação.
Elas abordam o prazo do rendimento, como será feito seu cálculo (prefixado, pós-fixado ou híbrido) e seu pagamento.
Como funcionam os investimentos em renda fixa?
Os investimentos em renda fixa funcionam como um empréstimo de dinheiro ao emissor do título, que são os bancos, as empresas ou o governo. Em troca, o investidor recebe o valor do aplicado acrescido de juros.
Os recursos captados pelos emissores podem ser usados das seguintes formas:
- Financiamento de projetos;
- Pagamento de dívidas;
- Desenvolvimento de setores específicos.
Qual é a diferença entre renda fixa e renda variável?
A diferença entre renda fixa e renda variável é a previsibilidade do retorno. Na renda variável, o investidor não tem certeza de quanto será o seu rendimento, que pode variar tanto para mais quanto para menos.
Novamente, a renda fixa é um empréstimo para o emissor. Já a renda variável é a compra de parte de um negócio, como no mercado de ações.
Por fim, não se esqueça de que, quanto maior o risco de um investimento, maior é o seu potencial de ganhos (e também de perdas).
Principais produtos de renda fixa
Antes de abordamos quais seriam os melhores investimentos em renda fixa para 2025, é importante conhecer os principais produtos financeiros disponíveis para quem busca segurança, previsibilidade e rentabilidade nessa classe de ativos. A seguir, apresentamos um panorama desses produtos financeiros:
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa criado em 2002 pelo Tesouro Nacional e a bolsa de valores do Brasil, a B3. Via plataforma online, o investidor pessoa física pode comprar um título público a preço acessível. Em outras palavras, ele está emprestando dinheiro ao governo para recebê-lo, no futuro, com juros.
Como há uma variedade de títulos à venda, diferentes perfis de investidor podem adquiri-los. Alguns deles têm seu rendimento atrelado a indexadores. Veja abaixo.
- Tesouro Selic: O Tesouro Selic é caracterizado como pós-fixado, porque seu rendimento está atrelado à taxa básica de juros da nossa economia, a taxa Selic. Vale lembrar que, a cada 45 dias, o presidente do Banco Central (Bacen) e os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) se reúnem por dois dias seguidos para definir a taxa Selic. Assim, ela pode aumentar, diminuir ou ser mantida.
- Tesouro Prefixado – Tem uma rentabilidade anual fixa, que é comunicada quando da compra do título. No entanto, ao longo do tempo, ela varia conforme as expectativas de juros, podendo subir ou descer. Dessa forma, caso o investidor opte por resgatar o título antes do vencimento, o retorno pode ser superior ou inferior ao valor inicialmente investido.
- Tesouro Prefixado com juros semestrais – Nessa modalidade, o investidor tem conhecimento do retorno a ser obtido quando da compra do título. A diferença é o pagamento do chamado cupom, que são os juros devidos até uma data determinada, duas vezes ao ano. A vantagem disso é receber um valor sem ter que vender o título antes do prazo combinado. No entanto, tenha em mente que, a cada cupom gerado, é descontada a alíquota de 22,5% do Imposto de Renda (IR) sobre o ganho.
- Tesouro IPCA – Caracterizado como híbrido, já que uma parte do rendimento é prefixada e informada quando da sua compra, enquanto a outra parte do rendimento é pós-fixada e indexada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Logo, o investidor tem um retorno fixo e um retorno variável. O governo o utiliza na definição do regime de metas de inflação e da taxa Selic.
- Tesouro IPCA com juros semestrais – O Tesouro IPCA com juros semestrais também é caracterizado como híbrido, porque uma parte do retorno está atrelada ao IPCA, enquanto a outra é informada quando da compra do título. No primeiro pagamento do ano, é descontada a alíquota de 22,5% do IR sobre o ganho. Entretanto, nos demais tributos, a tabela é regressiva.
- Tesouro Renda A+ – Lançado no fim de 2022, o Tesouro Renda A+ é indicado para quem deseja planejar sua aposentadoria complementar, sendo uma alternativa aos planos de previdência privada. A ideia é que o investidor faça contribuições periódicas ao longo da sua vida economicamente ativa para um resgate futuro ao longo de 20 anos, o que equivale a 240 parcelas.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título emitido por bancos. Assim, o investidor empresta dinheiro para o banco, que repassa esses recursos para pessoas físicas ou jurídicas que peçam empréstimos para a instituição. Tanto o investidor quanto o banco ganham com os juros.
Vale destacar que o CDB conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre investimentos em instituições privadas caso venha a sofrer intervenção ou liquidação.
Debênture
A debênture é um título emitido por uma empresa pública ou privada. A lógica é parecida com a do CDB. Mas, nesse caso, as debêntures são emitidas por Sociedades Anônimas (S.A.) com capital aberto ou fechado e cadastradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Além disso, elas não podem ser do setor de finanças.
O resgate do seu rendimento pode ser feito de duas maneiras:
- Na data de vencimento, com o valor inicial acrescido dos juros;
- No mercado secundário, por meio da revenda das debêntures pelo preço de mercado.
Por fim, lembre-se de que as debêntures não contam com a garantia do FGC.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI)
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) compete a um título emitido por instituições financeiras autorizadas pelo Bacen para captar recursos destinados ao financiamento do setor imobiliário. Este instrumento de captação é garantido por hipoteca ou alienação fiduciária de imóveis.
Entre suas principais características, destaca-se a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e a definição do prazo de vencimento no momento da aplicação, que pode variar de acordo com a preferência do investidor.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
Da mesma forma, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é um título emitido por uma instituição financeira com a autorização do Bacen para realizar operações de crédito, nesse caso, para o setor do agronegócio.
Assim como outros títulos semelhantes, a LCA oferece segurança adicional aos investidores, pois conta com a garantia FGC, protegendo aplicações de até R$ 250 mil por instituição. Além disso, esse investimento costuma atrair investidores pela isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que contribui para aumentar sua atratividade e rentabilidade líquida.
Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI)
Quem compra um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) passa a ter um fluxo de rendimentos de créditos oriundos do financiamento de projetos do setor imobiliário. Há títulos que pagam os juros periodicamente ou na data de vencimento. Existem também aqueles que vão amortizando o seu débito aos poucos.
A ligação entre as instituições que querem crédito e os investidores que têm interesse nesse tipo de investimento é feita pelas empresas securitizadoras. Eles podem comprar esse título participando de uma oferta pública ou no mercado secundário, isto é, comprando de outro investidor.
Tenha em mente que se trata de um investimento a longo prazo, já que não é permitido resgate antecipado. A maioria desses certificados têm prazo de cinco a dez anos, podendo chegar a quinze anos.
Certificado de Recebíveis Agrícolas (CRA)
Da mesma forma, quem compra um Certificado de Recebíveis Agrícolas (CRA) passa a ter um fluxo de rendimentos de créditos oriundos do financiamento de projetos do setor do agronegócio.
Os títulos podem pagar os juros periodicamente, na data de vencimento ou via amortização gradativa de débito. Por fim, saiba que tanto o CRI quanto o CRA não contam com a garantia do FGC.
Quais são os melhores investimentos em renda fixa para 2025?

Aqueles que já possuem uma certa intimidade com o mercado de investimentos, já imaginam que não há uma única resposta para essa questão. A escolha do investimento ideal é uma decisão complexa, influenciada por diversos fatores, que incluem os objetivos e perfil de cada investidor.
A relação entre risco e retorno é uma constante no mercado financeiro: quanto maior a expectativa de ganho, maior a possibilidade de perda. Mesmo a renda fixa, que dispende de menor risco, ele não é zero. Assim, é sempre importante lembrar que para construir uma carteira de investimentos mais robusta e equilibrada, a diversificação é essencial.
Para 2025, o cenário macroeconômico atual, caracterizado por taxas de juros elevadas e desafios no controle fiscal, continua influenciando o setor. Para identificar as melhores opções de investimento, consideramos as principais perspectivas de empresas especializadas, como XP Investimentos, Suno e Toro Investimentos.
5 Melhores investimentos em renda fixa para 2025
1. Títulos IPCA+
Para quem busca proteger seu patrimônio da inflação e tem um planejamento de longo prazo, títulos IPCA+ continuam representando uma opção interessante. De acordo com o relatório “Onde Investir em 2025”, da XP Investimentos, a recomendação é priorizar títulos que oferecem retornos reais superiores a 6,5%.
Para equipe da XP, esse nível de rentabilidade se mantém interessante em um cenário onde a inflação projetada tende a superar a meta do Banco Central. Quanto ao prazo, a corretora recomenda uma duration média de aproximadamente cinco anos.
“Tomando como exemplo um título com esta taxa e duration, carregado até o vencimento, haveria potencial de um retorno real acumulado superior a 37% no período”, Xp Research – Onde investir em 2025.
2. títulos pós-fixados
A perspectiva de uma Selic elevada em 2025 torna a renda fixa pós-fixada como uma alternativa atrativa, segundo a equipe da Toro Investimentos. Nesta linha, a corretora sugere que o investidor explore opções como:
- Tesouro Direto;
- CDBs;
- Letras de Crédito.
A XP mantém a mesma linha de preferência por esses títulos em um cenário de Selic elevada, destacando os pós-fixados como “fundamentais em portfólios mais conservadores ou em estratégias voltadas para liquidez”. No entanto, a corretora ressalta a importância de atenção ao risco de crédito ao selecionar esses investimentos.
3. títulos pré-fixados
Caso os juros continuem a subir, os títulos prefixados podem enfrentar uma desvalorização temporária devido ao impacto negativo da marcação a mercado. Esse movimento pode ser relevante para quem deseja vender o título antes do vencimento.
Nesta perspectiva, a XP considera que, muito embora, os prefixados não sejam os ideais, dado ao cenário incerto de 2025, aqueles de prazos curtos podem ser uma alternativa interessante para investidores que buscam oportunidades específicas. Em particular, títulos bancários com boa classificação de crédito podem oferecer prêmios de risco atrativos.
“A atenção deve ser voltada para o emissor. Em títulos bancários, é essencial respeitar os limites de garantia do Fundo Garantidor de Créditos por CPF e conglomerado financeiro”, pontua a equipe da corretora em relatório guia.
4. ETFs de renda fixa
Os ETFs de renda fixa seguem como uma alternativa atrativa para investidores interessados nesse segmento, especialmente devido à combinação de praticidade, diversificação e baixo custo. Em suma, esses fundos negociados em bolsa permitem acesso a uma cesta diversificada de títulos públicos e privados, reduzindo o risco ao diluir a exposição em diferentes ativos.
De acordo com a Suno Investimentos, esses fundos não sofrem a incidência de IOF ou come-cotas, ao contrário dos fundos de investimento tradicionais. As alíquotas de Imposto de Renda variam de 25% a 15%, conforme o prazo médio de repactuação (PMR) da carteira de ativos.
“Por seguirem a tendência de um índice específico – IMA-B, IRF-M etc. –, entendemos que tanto os ETFs de renda fixa nacionais quanto internacionais são veículos eficientes para os investidores em 2025″, avalia Tiago Reis, investidor e presidente do Conselho do Grupo Suno.
5. Renda fixa estrangeira
Outra estratégia que continua relevante para 2025 são os investimentos internacionais, com destaque para os dolarizados, segundo a XP. A expectativa de juros elevados por um período mais extenso, reforçada pelas potenciais políticas do governo de Donald Trump, tem desenhado um novo cenário para a economia.
Nesse contexto, os Treasuries, títulos do Tesouro Americano, têm se destacado, oferecendo taxas acima de 4% ao ano, independentemente do prazo. A XP destaca que Treasuries e bonds corporativos são boas opções para quem deseja dolarizar parte do portfólio, oferecendo uma combinação de segurança nos primeiros e prêmios adicionais nos segundos.
Por outro lado, o relatório alerta que, devido à curva de juros achatada, alongar prazos pode não ser vantajoso, e a volatilidade de títulos prefixados, por conta da marcação a mercado, também deve ser considerada. Além disso, o risco cambial é relevante, já que a volatilidade do dólar pode impactar os retornos, mas esses ativos também servem como proteção contra oscilações da moeda local.
Quais são os custos da renda fixa?
Os principais custos da renda fixa são as alíquotas de IR e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Alíquota do IR
A alíquota do IR vai variar de acordo com o tempo de aplicação do investimento:
- até 180 dias – alíquota de 22,5%;
- de 181 dias até 360 dias – alíquota de 20%;
- de 361 dias até 720 dias – alíquota de 17,5%;
- acima de 720 dias – alíquota de 15%.
Vale lembrar que a cobrança é realizada no momento do resgate.
IOF
O IOF incide sobre o retorno que é resgatado antes que o investimento complete 30 dias:
- um dia corrido – 96% de IOF;
- 10 dias corridos – 66% de IOF;
- 20 dias corridos – 33% de IOF;
- 30 dias corridos – 0% de IOF.
Por que investir em renda fixa?
Veja, abaixo, os motivos para que um investidor aplique em renda fixa:
- previsibilidade de retorno;
- facilidade para planejamento financeiro;
- baixo risco de perda de dinheiro;
- garantia para empréstimos ou operações mais arriscadas no mercado financeiro;
- proteção do FGC.
Caso queira simular a rentabilidade dos principais produtos de renda fixa em comparação à poupança, acesse a calculadora de investimento da Melhor Investimento.
Qual é a diferença entre renda fixa e fundos de renda fixa?
No investimento em renda fixa, a pessoa aplica individualmente em títulos de renda fixa. Já nos fundos de renda fixa, a aplicação é feita num fundo que investe em diferentes títulos de renda fixa selecionados por um gestor.
Como investir em renda fixa?
Os títulos de renda fixa são emitidos por diferentes instituições financeiras. No entanto, para investir neles, não é preciso abrir uma conta em cada uma delas. Afinal, por meio de uma corretora de valores, é possível investir em títulos de diferentes instituições.
Para abrir uma conta na corretora de sua preferência, acesse o seu site, preencha os dados pessoais e envie os documentos de identificação. Quando ela for aprovada, basta fazer uma transferência e começar a investir.
Não se esqueça de escolher os títulos que tenham mais a ver com o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou agressivo). Se você ainda não sabe qual é o seu, faça o teste de perfil de investidor e descubra.
Conte com o auxílio profissional
Caso precise de ajuda, entre em contato com a InvestSmart, assessoria de investimentos parceira da XP. Veja quais são os serviços oferecidos:
- Identificando e avaliando seu perfil, objetivo e risco como investidor;
- Ajudando você a administrar melhor e de forma mais eficaz o seu patrimônio, tanto financeiro como imobilizado;
- Dando apoio para que você tome as decisões mais adequadas de investimentos e/ou financiamentos.
Para ter uma ideia, a InvestSmart foi criada em 2013 e já atingiu a marca de 15 bilhões sob custódia e mais de 60 escritórios por todo o país.
Resumindo
Quais são os principais investimentos em renda fixa?
- Tesouro Direto;
- Certificado de Depósito Bancário (CDB);
- Debênture;
- Letra de Crédito Imobiliário (LCI);
- Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);
- Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI);
- Certificado de Recebíveis Agrícolas (CRA).
Renda fixa para 2025
- Títulos IPCA+: para quem busca proteger o patrimônio da inflação no longo prazo, a XP recomenda priorizar títulos com retornos reais superiores a 6,5% e duration de aproximadamente cinco anos.
- Títulos pós-fixados: em um cenário de Selic elevada, a XP e a Toro sugerem a preferência por títulos pós-fixados, como Tesouro, CDBs e Letras de Crédito, destacando sua importância em portfólios conservadores ou estratégias de liquidez, com atenção ao risco de crédito.
- Títulos prefixados: a XP considera que os títulos prefixados podem ser uma opção interessante para prazos curtos, apesar do risco de desvalorização devido à marcação a mercado, especialmente em um cenário de juros em alta.
- ETFs de renda fixa: ETFs de renda fixa são atrativos devido à diversificação, baixo custo e praticidade, sendo uma opção eficiente tanto para títulos nacionais quanto internacionais, com alíquotas de IR variando de 25% a 15%.
- Renda fixa estrangeira: a XP destaca os investimentos em títulos dolarizados, como Treasuries e bonds corporativos, como opções interessantes para quem deseja diversificar internacionalmente, com foco em segurança ou prêmios adicionais, mas alertando para o risco cambial e a volatilidade.
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