Investimentos de baixo risco: quais são eles e como investir
Pensando em começar a investir, mas não sabe onde aplicar? Uma opção são os investimentos de baixo risco, mas não se limite à poupança, opção tradicional, acessível e segura, mas com um dos menores rendimentos. Afinal, ao estudar o mercado financeiro, perceberá que não é preciso arriscar todo o seu patrimônio para ganhar uma melhor […]
Pensando em começar a investir, mas não sabe onde aplicar? Uma opção são os investimentos de baixo risco, mas não se limite à poupança, opção tradicional, acessível e segura, mas com um dos menores rendimentos. Afinal, ao estudar o mercado financeiro, perceberá que não é preciso arriscar todo o seu patrimônio para ganhar uma melhor rentabilidade.
Para isso, além de escolher investimentos de baixo risco, você pode diversificar as aplicações, elevando os ganhos. Afinal, não colocar todos os ovos no mesmo cesto equilibra perdas e ganhos para diminuir as consequências do baixo retorno.
Assim, é possível investir para proteger o seu dinheiro, mesmo que a rentabilidade se torne mais modesta. Continue a leitura e descubra algumas opções menos arriscadas, para quem são indicadas e outras informações relevantes!
O que são investimentos de baixo risco?
São os com menor probabilidade de perder o dinheiro investido. Em outras palavras, eles são mais seguros, já que os riscos de não receber de volta é menor.
Em muitos casos, isso só ocorre com investimentos de baixo risco em situações excepcionais. Por exemplo, uma empresa falir e a aplicação financeira não ter seguro para indenização. Isto é: o risco de perder dinheiro é pequeno, mas existe. Além disso, outras características de um investimento menos arriscado são:
- facilidade de resgate do investido, como encontrar rapidamente um comprador para o imóvel vendido, por exemplo;
- menor cobrança de taxas, como a de performance e administração, que poderiam diminuir consideravelmente a rentabilidade;
- poucas chances de o investimento ser desvalorizado e levar calote, não pagando o combinado.
Por exemplo, digamos que você está em um parque de diversões e há dois jogos: o “A” e o “B”. É possível escolher qualquer um dos dois para tentar ganhar o prêmio.
No “Jogo A”, você tem muitas chances de ganhar e poucas de perder. É como um investimento de baixo risco. Assim, mesmo que não ganhe muito, é altamente provável que, pelo menos, recupere o dinheiro gasto para jogar.
No “Jogo B”, as chances de ganhar são maiores, mas há uma probabilidade mais alta de perder, como um investimento arriscado. Quer dizer, você pode ganhar muito com sorte — e ao montar bem as estratégias —, mas também pode perder todo investimento.
Qual é a diferença para investimentos de alto risco?
Os investimentos de alto risco têm maior probabilidade de perder o dinheiro investido e não conseguir recuperá-lo. Para entender melhor, continue a comparar as aplicações financeiras com jogos.
Assim, imagine que você tem dois jogos diferentes para escolher: o “C” e o “D”. No “C”, as chances de ganhar são mais baixas, mas é possível ganhar muito dinheiro.
Quer dizer, você precisa montar estratégias para aumentar a probabilidade de vencer e considerar o risco de oscilações. Por exemplo, o nível de dificuldade do game ser mais elevado do que o imaginado.
No entanto, também é possível perder todo o dinheiro investido, como um investimento de alto risco. Por outro lado, isso não é comum nos investimentos de baixo risco.
E ainda, no “Jogo D”, as chances de ganhar são menores ainda e as de perder são muito altas. Contudo, isso é compensado com a alta rentabilidade que os ganhadores podem ter, como um investimento extremamente arriscado.
Logo, investidores que optam por essas aplicações devem ser tolerantes aos riscos, ter uma boa reserva financeira e consciência das escolhas tomadas. Inclusive, é recomendado diversificar os investimentos — recomendação válida para todos os investidores — para equilibrar perdas e ganhos.
Investimentos de baixo risco são indicados para que tipo de investidor?
Normalmente, eles são recomendados para investidores com abordagem mais conservadora em relação aos seus investimentos.
Quer dizer, quando o medo de perder supera o desejo de elevar a rentabilidade com produtos de maior retorno — e consequentemente, mais arriscados.
Ou seja, o preço para manter o capital mais seguro é aceitar retornos que podem ser mais modestos. Para entender melhor, conheça alguns perfis de investidores cujos investimentos de baixo risco são frequentemente recomendados:
- investidores iniciantes: quem começa a investir, é comum sentir-se mais confortável com investimentos de baixo risco, pelo menos até compreender o mercado financeiro antes de assumir riscos maiores.
- investidores de perfil conservador: aqueles indispostos a correr grandes riscos e preferem a segurança e a estabilidade ao investir;
- investidores em idade avançada: à medida que se aproximam da aposentadoria, é comum que esse público opte por investimentos mais conservadores para proteger o patrimônio acumulado;
- investidores interessados em diversificar a carteira: essa estratégia reduz a exposição a um único investimento, ajudando a minimizar o risco de perdas significativas, caso a aplicação de alto risco falhe.
Por que diversificar a carteira com investimentos de baixo risco?
Essa é uma maneira de compensar as possíveis perdas financeiras de um investimento arriscado com o retorno de um seguro.
Caso contrário, você poderia ficar com o seu patrimônio muito mais comprometido. Assim, essa estratégia é recomendada por diversos especialistas em finanças.
Por exemplo, imagine que o seu investimento se concentre em uma empresa de segmento específico. Mesmo que ela apresente resultados financeiros positivos regularmente, a rentabilidade dos investidores depende das oscilações do mercado, como taxas de juros.
Então, se elas, por exemplo, não forem favoráveis à empresa investida, você pode perder todo dinheiro depositado. O mesmo não aconteceria se parte dos seus recursos se voltasse para aplicações financeiras mais seguras, com retornos previsíveis e estáveis.
Quais são os melhores investimentos de baixo risco?
Cada modalidade de aplicação financeira tem características e benefícios diferentes. Saiba mais sobre os principais para escolher os mais alinhados às suas necessidades!
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
LCI quer dizer Letra de Crédito Imobiliário, emitida por instituições financeiras para captar recursos para o setor imobiliário.
Ou seja, ao investir em LCI, você empresta dinheiro para o banco, que deve financiar projetos do segmento, como construção e reforma. Em troca, a instituição financeira paga juros sobre o investido.
Enquanto isso, a LCA refere-se à Letra de Crédito do Agronegócio, que reúne dinheiro para este setor, funcionamento similar ao LCI. Ambos são investimentos de renda fixa, cujas regras de rentabilidade são definidas antes de investir, aumentando a previsibilidade e a segurança.
Além disso, LCI e LCA oferecem isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas, servindo de incentivo para contribuir com o crescimento dos segmentos. Outro ponto positivo delas é a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que indeniza os investidores caso a instituição financeira venha a falir.
Tesouro Direto
Trata-se de uma plataforma desenvolvida pelo governo federal para arrecadar recursos que servem para o desenvolvimento do país, como construir hospitais, e escolas.
O investimento é acessível, a partir de R$ 30, e tem a segurança de devolução do dinheiro, já que o governo é considerado bom pagador. Afinal, precisaria que o país estivesse em uma crise econômica profunda para ele deixar de arcar com as dívidas.
Para entender melhor sobre o Tesouro Direto, conheça os principais títulos disponíveis!
Tesouro Selic
É um título cuja rentabilidade acompanha a variação da taxa Selic, taxa básica de juros da economia brasileira. Logo, se esse índice sobe, a rentabilidade do título também aumenta, mas caso ele caia, a rentabilidade diminui.
E ainda, a rentabilidade do investimento no Tesouro Selic depende do pagamento de alguns custos, como taxa de administração, necessária para gestão do fundo.
Apesar disso, o Tesouro Selic é uma opção atrativa pelo baixo risco e alta liquidez, sendo fácil resgatar o dinheiro. Por isso, é muito útil para montar uma reserva de emergência.
Tesouro IPCA+
É um título híbrido, oferecendo taxa de juros fixa mais a variação da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Quer dizer, ao investir no Tesouro IPCA+, você empresta dinheiro para o governo e, em troca, recebe juros somados à variação da inflação.
Assim, é uma alternativa interessante para quem deseja preservar o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo.
Tesouro Prefixado
É um título com taxa de juros fixa definida no momento da compra. Logo, o investidor já sabe quanto receberá no vencimento. No entanto, se o título for resgatado antes do prazo, seu valor pode variar conforme as taxas de mercado.
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
Tratam-se de títulos de renda fixa que antecipam os valores a serem recebidos pelas empresas de cada segmento. Quer dizer, empresas do agronegócio e imobiliário cedem seus créditos a uma securitizadora, que os converte em títulos negociáveis no mercado financeiro.
Esses títulos são chamados CRAs ou CRIs, dependendo do segmento investido, e podem ser adquiridos por investidores. Assim, o investidor empresta dinheiro para as empresas.
Em compensação, ele recebe juros sobre o valor investido, pagos pelos emissores dos CRAs e CRIs. E ainda, o investidor consegue participar dos rendimentos de dois segmentos importantes para a economia do país.
Outro ponto positivo de investir em CRA e CRA é que a rentabilidade é previsível, trazendo mais segurança. Além disso, eles tendem a se valorizar com o tempo, caso acompanhem uma taxa de referência que acompanhe a inflação. Assim, o seu ganho sempre ficará acima dela.
Contudo, tanto o CRA quanto o CRI não têm indenização financeira pelo FGC. Isso significa que o risco está relacionado à capacidade de pagamento dos devedores originais desses créditos.
Logo, mesmo tendo uma rentabilidade previsível e com alta possibilidade de retorno, esses aspectos devem ser considerados antes de decidir onde investir.
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
Tratam-se de títulos de renda fixa que antecipam os valores a serem recebidos pelas empresas de cada segmento. Quer dizer, empresas do agronegócio e imobiliário cedem seus créditos a uma securitizadora, que os converte em títulos negociáveis no mercado financeiro.
Esses títulos são chamados CRAs ou CRIs, dependendo do segmento investido, e podem ser adquiridos por investidores. Assim, o investidor empresta dinheiro para as empresas.
Em compensação, ele recebe juros sobre o valor investido, pagos pelos emissores dos CRAs e CRIs. E ainda, o investidor consegue participar dos rendimentos de dois segmentos importantes para a economia do país.
Outro ponto positivo de investir em CRA e CRA é que a rentabilidade é previsível, trazendo mais segurança. Além disso, eles tendem a se valorizar com o tempo, caso acompanhem uma taxa de referência que acompanhe a inflação. Assim, o seu ganho sempre ficará acima dela.
Contudo, tanto o CRA quanto o CRI não têm indenização financeira pelo FGC. Isso significa que o risco está relacionado à capacidade de pagamento dos devedores originais desses créditos.
Logo, mesmo tendo uma rentabilidade previsível e com alta possibilidade de retorno, esses aspectos devem ser considerados antes de decidir onde investir.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
Consiste em um investimento de renda fixa emitido por instituições financeiras, como bancos, para captar recursos. Assim, ao investir em um CDB, você empresta dinheiro para o banco e ele recompensa ao devolver o valor com acréscimo de juros.
Os CDBs são considerados investimentos de baixo risco, pois contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos. Além disso, essas aplicações financeiras são fáceis de resgatar o dinheiro investido antes do prazo de vencimento.
Contudo, é importante comparar as taxas de juros oferecidas por diferentes instituições financeiras, considerando a solidez e reputação do banco emissor. Afinal, tudo isso diminui ainda mais os riscos envolvidos e ajuda a decidir onde investir.
Fundos imobiliários (FIIs)
Estes são de renda variável e podem apresentar diferentes níveis de risco. Então, classificá-los como de “baixo risco” depende de fatores específicos. Porém, existem alguns aspectos que geralmente tornam certos fundos imobiliários menos arriscados em comparação a outros.
Por exemplo, FIIs diversificados, com foco em imóveis de alta qualidade, locatários sólidos, e contratos de locação de longo prazo tendem a ser mais seguros. E ainda, a gestão profissional do FII também desempenha um papel importante na redução do risco.
Afinal, uma equipe de gestão experiente e especializada em imóveis comerciais pode tomar decisões embasadas na análise de mercado e realizar uma gestão eficiente.
Entretanto, até os fundos imobiliários de menor risco estão sujeitos a flutuações do mercado imobiliário, vacância, inadimplência dos locatários etc. Tudo isso diminui a segurança e pode afetar a rentabilidade do investimento.
Como diminuir os riscos nos investimentos?
Primeiro, os investimentos são classificados em alto e baixo risco, para que você escolha o que faz mais sentido e tenha clareza das decisões tomadas. E ainda, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regula o mercado financeiro para proteger os investidores.
Por exemplo, ela exige que apenas investimentos alinhados com o perfil do investidor sejam oferecidos pelas empresas. Outra obrigatoriedade é apresentar regularmente informações financeiras dos investimentos, trazendo mais transparência.
Além disso, a CVM desenvolve regras, fiscaliza as movimentações financeiras e penaliza quem comete ilegalidades no mercado. Foi o que já aconteceu com a empresa de investimentos Unick Forex e Boi Gordo, por exemplo.
E ainda, é possível contar com uma assessoria em investimentos, prestada por profissionais especializados no mercado financeiro que auxiliam os investidores a tomar melhores decisões.
Viu como é possível escolher investimentos de baixo risco, seja por ter um perfil de investidor conservador, para diversificar a carteira ou outro motivo?
O mais importante é que a escolha seja alinhada com as características e os objetivos financeiros do investidor, além de ser pensada estrategicamente.Outra recomendação é simular a rentabilidade de investimentos de baixo risco para você ficar por dentro. Por isso, use a nossa calculadora e simule a rentabilidade dos principais produtos de renda fixa!