Uma carteira de dividendos é uma grande oportunidade de conseguir uma renda passiva, investindo em renda variável. Mas a verdade é que muitos investidores iniciantes têm dúvidas de como começar.

Nesse post vamos explicar tudo de forma prática para facilitar a vida de quem quer investir e não sabe como. Acompanhe!

O que são dividendos?

Os dividendos são parte do lucro líquido de uma empresa. Ela é distribuída aos acionistas e serve como uma remuneração.

Esse pagamento é possível no caso de empresas que tenham o capital aberto. Além disso, elas precisam negociar suas ações da Bolsa de Valores brasileira.

De forma geral, o investidor que adquire ações em uma dessas empresas é considerado um sócio. Sua remuneração consiste em receber parte dos lucros, chamado de dividendos.

O pagamento varia conforme a empresa e pode ocorrer uma vez por mês ou a cada três, quatro, seis ou doze meses.

Não é possível afirmar o valor dos dividendos a serem distribuídos, afinal, estamos falando de uma renda variável. Seu lucro depende de uma série de fatores, principalmente dos resultados obtidos pela empresa.

Quem pode investir?

Investir em ações é algo que pode ser feito por qualquer pessoa. A verdade é que até mesmo os menores de idade podem ter uma carteira de dividendos, desde que estejam autorizados pelos pais ou responsáveis.

Cada vez mais é possível encontrar pessoas que começam a investir em renda variável. Até setembro do ano passado, mais de 4 milhões de pessoas físicas estavam inseridas neste mercado.

O valor de dividendos distribuídos é variável, já que tem a ver com os resultados da empresa em determinado período.

A periodicidade de pagamento dos dividendos também varia de empresa para empresa, podendo ser mensal, trimestral, quadrimestral, semestral, anual ou até mesmo sem periodicidade definida.

O que é uma carteira de dividendos?

Uma carteira de dividendos nada mais é que a seleção de ativos de um investidor. Nesse caso estamos falando sobre renda variável, que geram rendimentos de tempos em tempos a esse acionista. Dentro das principais opções estão as ações e/ou fundos imobiliários.

Para ter uma boa carteira de dividendos é essencial que o investidor tenha paciência para esperar o retorno dos dividendos. 

Cada tipo de investimento tem seu prazo e é possível encontrar casos em que não há uma determinação de quando a remuneração será realizada.

Outro ponto importante é que é essencial escolher os ativos da carteira com muita atenção para obter bons resultados.

Tipos de carteira de dividendos

Como já citamos, os principais tipos de carteiras de dividendos são as ações e os fundos imobiliários. Pensando nisso, vamos mostrar um pouco mais sobre cada um deles, veja:

Ações

Os dividendos das ações acontecem quando uma empresa da Bolsa alcança bons resultados. Pela legislação do país, companhias com resultados positivos precisam distribuir seu lucro líquido entre seus acionistas.

É importante ressaltar que a periodicidade que isso ocorrer vai depender do tipo de atuação da empresa. 

Já vimos que o pagamento dos dividendos pode ser feito de forma mensal, trimestral, quadrimestral, semestral ou anual.

Basicamente, é preciso que o investidor entenda que montar uma carteira de dividendos com ações é algo que necessita de entendimento sobre o setor de atuação das empresas.

Ações com resultados negativos não apresentam distribuição de dividendos aos sócios.

Fundos Imobiliários

Os Fundos Imobiliários são negociados pela Bolsa de Valores e — assim como acontece com as ações — os dividendos precisam ser distribuídos entre seus cotistas.

A legislação atua de forma um pouco diferente nesse caso. Aqui, as empresas precisam distribuir 95% do resultado obtido a cada seis meses.

A apuração dos lucros é feita duas vezes ao ano por meio de um balanço, que termina nas seguintes datas: 30 de junho e 31 de dezembro.

No caso dos FIIs também não há pagamento de dividendos em caso de resultados negativos. Isso acontece normalmente nos primeiros meses.

Quantas empresas podem compor a carteira de dividendos?

Não existe uma regra que limite a quantidade de empresas participantes de uma carteira de dividendos. A verdade é que é preciso seguir as indicações de especialistas no mercado financeiro.

Atualmente não há um consenso sobre o assunto, mas boa parte destes profissionais acredita que 10 companhias é um bom número para montar uma carteira de qualidade.

A ideia é que o investidor consiga entender um pouco mais sobre cada um dos seus ativos. Quanto mais deles formarem a carteira, torna-se mais difícil estudar mais profundamente estes investimentos.

É essencial ter uma carteira de dividendos diversificada, afinal, estamos falando de renda variável. Ao distribuir seus investimentos em ramos diferentes de atuação, o acionista corre menos risco de ter perdas com as oscilações do mercado.

Uma dica para escolher bons ativos é prestar atenção no valor de dividendo pago pelas empresas.

Como o Índice de Dividendos pode ajudar a montar a carteira?

Agora vamos falar sobre como o Índice de Dividendos pode contribuir com o investidor na hora de montar sua carteira.

O primeiro passo é entender o que o IDIV serve para indicar a média de desempenho dos ativos. Ele mostra quais deles apresenta as melhores remunerações.

Vale ressaltar que o pagamento desse lucro pode ser feito de duas formas: dividendos ou como juros sobre o capital próprio.

Para fazer parte deste índice é importante que os ativos estejam entre os 99% mais adquiridos em 3 carteiras anteriores.

Hoje, o índice tem 44 empresas participantes e fora dele estão aquelas que estão em recuperação judicial, estão sendo negociadas em alguma situação diferente ou as BDRs (Brazilian Depositary Receipts).

Para ajudar a montar a carteira de dividendos, o índice deve servir como um guia, onde o investidor vai avaliar as melhores opções de ações.

Quanto rende uma carteira de dividendos?

Não é possível definir um valor exato que uma carteira de dividendos vai render aos investidores. A verdade é que tudo depende do perfil do acionista, do tipo de ativo e do tempo de investimento.

O investidor pode criar estratégias para garantir um determinado valor em cada distribuição de lucros. Mas é importante ressaltar que para alcançar o objetivo, será preciso ter muita disciplina.

Para escolher uma boa carteira, que tenha bons rendimentos é importante conhecer 3 indicadores: o preço da ação, dividend Yield e dividend Payout. Entenda um pouco mais sobre eles:

Preço da ação

O preço pago em cada ação é essencial para que você realmente saiba se o que tem recebido como dividendo tem valido a pena.

Uma dica é sempre manter os valores das ações anotados, seja de forma online ou manual. O mais importante é ter um registro que possa ser consultado em um momento de dúvida.

Esse indicador ajuda na hora de fazer o cálculo do dividend yield e o dividendo payout, que serão explicados mais abaixo.

Dividend Yield

Este é um item essencial para quem quer saber exatamente o rendimento dos dividendos pagos por uma determinada companhia. Com ele é possível saber se a empresa tem pagado bons valores aos seus acionistas.

Nesse caso, o preço da ação é usado como base de cálculo e a segunda variável é o valor do rendimento recebido.

Imagine que você recebeu R$ 5 de dividendos, mas pagou R$ 30 na ação. Dessa forma, o cálculo fica da seguinte forma: 5/30. Em resumo, o dividend yield desta ação é 16,66%.

Dividend Payout

Agora precisamos entender como calcular o dividend Payout. Esse segundo cálculo tem outra função muito importante que é identificar se uma determinada empresa serve para ser colocada na sua carteira de dividendos.

Com ele, o investidor consegue saber a parcela de lucros líquidos que uma empresa tem oferecido como dividendos aos seus acionistas.

Essa análise precisa ser feita por, pelo menos, 10 anos desta companhia. Isso funciona como uma média, que permite avaliar como ela tem se comportado no mercado financeiro.

A taxa normal de dividendos é de 25% e para saber se uma empresa tem se mantido nesses números.

Vamos a um exemplo prático: uma organização teve um lucro líquido de R$ 10 mil e distribuiu R$ 2,7 mil aos acionistas. Nesse caso, o pagamento de dividendos foi de 27%, ficando um pouco acima da média.

Como os pagamentos dos dividendos são feitos?

Quem tem uma carteira de investimentos acaba tendo muitas dúvidas e uma delas é sobre como são feitos os pagamentos. A verdade é que existem 5 formas de receber os valores distribuídos dos lucros. São elas:

  • Dinheiro: a empresa disponibiliza ao acionista o valor referente a cada ação. O pagamento pode ser feito em reais ou por percentual.
  • Dividendo especial: esse é um pagamento que acontece fora dos dividendos, como o nome diz, em uma situação especial. Um exemplo seria no caso da venda de uma empresa, que acaba gerando um aumento no fluxo de caixa. Naturalmente, o valor é dividido entre os acionistas.
  • Ações: ao invés de receber em dinheiro, o investidor recebe ações adicionais, permitindo assim um aumento na sua carteira de dividendos.
  • Direitos de subscrição: nesse caso, o investidor tem o direito de adquirir ações de uma determinada companhia antes mesmo que sua venda seja liberada no mercado financeiro.
  • JCP (Juros sobre capital próprio): nessa alternativa a empresa vendedora das ações recebe isenção fiscal. Mas em troca, os acionistas precisam pagar 15% de IR. Em contrapartida, a empresa passa a ter um lucro líquido maior, podendo compensar o investidor com um dividendo mais alto.

Como escolher boas ações para viver de dividendos?

O primeiro passo é entender qual o perfil do investidor. Afinal, apenas depois disso será possível iniciar uma carteira de dividendos que se enquadre nos objetivos desejados.

Especialistas no setor acreditam que empresas no setor elétrico e financeiro são aqueles que oferecem os melhores rendimentos. A ideia é que são nichos lucrativos e que não precisam de grandes investimentos internos, fazendo que o caixa seja ainda maior.

Antes de iniciar o processo de seleção de ativos para a carteira, é necessário entender que nem todas as ações pagam dividendos. Algumas acabam usando o lucro como forma de expandir os negócios.

De qualquer forma, estudar o mercado é imprescindível para quem deseja iniciar no ramo de investimentos. Uma dica é contar com a ajuda de uma consultoria especializada no negócio.

Por que contar com uma consultoria especializada em investimentos?

Existem diversas vantagens em contratar uma empresa especializada em investimentos, como é o caso da InvestSmart. Veja alguns dos principais benefícios:

Atendimento

O atendimento é totalmente personalizado, fazendo com que o cliente fique satisfeito.

A ideia é analisar o perfil do investidor, baseando-se nas suas informações financeiras. Com isso, a consultoria consegue identificar qual a melhor carteira de investimentos para obter bons dividendos.

Bons profissionais

Com a consultoria é possível ter acesso aos melhores profissionais do mercado financeiro. Assim, fica mais fácil alcançar bons resultados com investimentos em renda fixa ou variável.

Expertise

Com o apoio de uma consultoria especializada em investimentos, o futuro investidor consegue ter uma visão mais ampla do mercado. 

Assim, conhecendo melhor os tipos de investimentos, quais os riscos de cada um e quais as melhores estratégias para aumentar os ganhos.

Planejamento

Outra grande vantagem é a possibilidade de fazer um plano de investimentos, que facilita o processo da criação da carteira de dividendos.

Com este planejamento, o investidor fica apto a entender qual a melhor forma de distribuir seus recursos dentro dos ativos disponíveis. Isso é feito conforme o objetivo, que pode ser de curto, médio ou longo prazo.

Para concluir é importante que o investidor saiba que criar uma carteira de investimentos é algo que precisa de muita pesquisa e estudo de mercado.

Essa é uma ótima alternativa para quem quer aumentar a renda, mas é preciso fazer isso com atenção.

Para potencializar o crescimento do patrimônio, é muito importante diversificar os ativos e tentar reinvestir os dividendos de forma segura.Quer saber mais sobre como começar a criar sua carteira de dividendos? Clique aqui e comece a investir com a ajuda da InvestSmart, uma consultoria especializada em investimentos.

Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.