Credit Suisse: ações do banco em queda
A quebra do SVB (Silicon Valley Bank) continua causando impacto no mercado financeiro. Na manhã desta quarta-feira (15), as ações do banco suíço Credit Suisse despencaram, causando um temor no mercado global de ações. O movimento foi alavancado após a entrevista de Ammar Al Khudairy, presidente do Saudi National Bank, maior investidor da instituição financeira. […]

A quebra do SVB (Silicon Valley Bank) continua causando impacto no mercado financeiro. Na manhã desta quarta-feira (15), as ações do banco suíço Credit Suisse despencaram, causando um temor no mercado global de ações.
O movimento foi alavancado após a entrevista de Ammar Al Khudairy, presidente do Saudi National Bank, maior investidor da instituição financeira.
“Não podemos oferecer mais assistência financeira ao Credit Suisse porque iríamos acima de 10%. É uma questão regulatória”, disse o representante do Saudi National Bank.
Através de nota, o presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, disse que o trabalho de reduzir o risco do balanço está em andamento. Quando questionado se aceitaria algum tipo de ajuda governamental no futuro, Lehmann respondeu: “Não é esse o assunto”.
“Somos regulamentados, temos fortes índices de capital e o balanço financeiro ainda é muito forte. Estamos todos de mãos dadas. Portanto, esse não é o assunto”. A fala do presidente do banco ocorreu em um painel da CNBC, em Riad, na manhã desta quarta-feira.
Pela manhã, no pré-market (por volta de 9h, horário de Brasília), a ação do Credit Suisse (CS) negociada na NYSE (bolsa de Nova York) chegou a cair mais de 20%. Os ativos do Credit Suisse estavam abaixo de 2 francos suíços (US$ 2,18 ) e o regulador de mercado suspendeu as negociações do papel várias vezes, uma vez que o volume disparou e a ação despencou.
Forte variação no cenário global após queda do Credit Suisse
No mercado europeu, alguns bancos da Itália tiveram negócios suspensos após queda nas ações na manhã desta quarta-feira. UniCredit (-1,21), Finecobank (-1,07) e Monte Dei Paschi (-0,18). Na Alemanha o índice DAX (relação das 30 companhias abertas de melhor performance financeira) registrava perdas de 2,68%, enquanto o francês CAC 40 recuou 3,33% e o FTSE 100, de Londres, caía 2,6%.
Movimento contrário ao que aconteceu no mercado asiático: os principais índices das Bolsas de Valores da Ásia seguem em alta, com otimismo dos investidores após a divulgação de dados econômicos positivos das duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China.
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