Setembro fecha com superávit comercial de US$ 2,99 bi no Brasil
As exportações cresceram 7,2%, totalizando US$ 30,53 bilhões, enquanto as importações avançaram 17,7%, atingindo US$ 27,54 bilhões.
Foto: Freepik
O Brasil registrou um superávit comercial de US$ 2,99 bilhões em setembro de 2025, superando as previsões do mercado financeiro. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e confirma que o país mantém saldo positivo na balança comercial, mesmo diante de uma redução significativa em relação ao ano anterior. Este desempenho reflete a combinação de crescimento das exportações e aumento das importações, fatores que impactam diretamente a economia brasileira.
Aproveite pra ler também:
Superávit acima das expectativas do mercado
O superávit de setembro veio acima das estimativas de economistas consultados pela Reuters, que projetavam um saldo positivo de US$ 2,65 bilhões. Apesar de superar as expectativas, o saldo representa uma queda de 41,1% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o resultado havia sido mais expressivo.
O desempenho indica que o país continua competitivo no comércio internacional, mantendo fluxos positivos de receitas externas e contribuindo para a estabilidade econômica.
Exportações e importações detalhadas
Em setembro, as exportações brasileiras atingiram US$ 30,531 bilhões, registrando um crescimento de 7,2% em relação a setembro de 2024. Entre os principais produtos exportados estão commodities agrícolas como soja e milho, minério de ferro e produtos manufaturados.
Por outro lado, as importações cresceram 17,7%, somando US$ 27,541 bilhões. Esse aumento mais acelerado das importações em relação às exportações é um dos fatores que explica a redução do superávit em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O desempenho do comércio exterior impacta diretamente o PIB brasileiro e ajuda a equilibrar as contas externas, mantendo o país em posição favorável no cenário internacional.
Revisão das projeções do MDIC
Com base nos resultados recentes, o MDIC revisou a previsão de saldo comercial para 2025, estimando agora um superávit anual de US$ 60,9 bilhões. Embora seja um valor positivo, representa uma redução de 17,9% em relação ao superávit de US$ 74,2 bilhões registrado em 2024.
Em julho, a projeção era de US$ 50,4 bilhões, indicando que o desempenho do comércio exterior no segundo semestre melhorou as expectativas do governo. Essa revisão considera fatores como aumento das exportações de commodities, maior demanda por produtos brasileiros e crescimento das importações de insumos industriais.
Fatores que influenciam o superávit comercial
O resultado da balança comercial é determinado por uma série de fatores internos e externos:
- Demanda internacional por commodities: soja, milho e minério de ferro permanecem entre os produtos mais procurados.
- Crescimento das importações: o aumento de 17,7% nas compras externas reflete a maior demanda interna por bens de consumo e insumos industriais.
- Variações cambiais e políticas comerciais: a valorização ou desvalorização do real frente ao dólar afeta os preços relativos das exportações e importações.
- Condições globais de mercado: preços internacionais de commodities, taxas de juros e inflação global influenciam diretamente o saldo da balança.
Esses fatores ajudam a explicar por que, apesar da queda em relação a 2024, o Brasil continua registrando um superávit consistente.
Relevância econômica do superávit
O superávit comercial é um indicador fundamental da economia brasileira. Ele contribui para:
- Fortalecer o PIB, com receitas provenientes das exportações;
- Manter a estabilidade do câmbio, equilibrando a entrada e saída de dólares;
- Aumentar a confiança de investidores, atraindo capital estrangeiro para setores estratégicos.
Mesmo com a redução do saldo, o resultado positivo mostra que o país mantém competitividade no comércio exterior e consegue gerar recursos essenciais para setores produtivos.
Achou este conteúdo útil?
Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: Instagram | Facebook | Linkedin