Governo Trump associa uso de Tylenol na gravidez com risco de autismo
Segundo o Washington Post, novas diretrizes ligam acetaminofeno a risco aumentado de autismo e destacam terapia experimental com leucovorin
Foto: AP y Reuters
O Tylenol (cujo princípio ativo é o acetaminofeno) está no centro de um novo pacote de iniciativas do governo Donald Trump sobre autismo.
Segundo o Washington Post, autoridades federais devem emitir na segunda-feira (22) alertas para mulheres grávidas evitarem o uso do medicamento no início da gestação, salvo em casos de febre.
O movimento ocorre após estudos, como a revisão publicada em agosto por Mount Sinai e Harvard, sugerirem uma possível ligação entre o uso do medicamento e aumento do risco de autismo em crianças.
Paralelamente, a administração pretende destacar o leucovorin (derivado do folato usado para tratar deficiência de vitamina B9) como terapia experimental para autismo. Ensaios clínicos iniciais apontaram melhorias significativas nas habilidades de comunicação de crianças autistas tratadas com a substância.
Trump chamou o anúncio de “um dos maiores anúncios médicos na história do nosso país”. Também é esperado que os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) divulguem uma nova iniciativa de dados sobre autismo, financiando 13 equipes de pesquisa.
Ações da Kenvue (empresa dona do Tylenol) despencam
As ações da Kenvue, dona do Tylenol, recuam forte na Bolsa de Nova York (Nyse) nesta segunda-feira (22). Os papéis caíam 5,6% no pré-mercado após reportagem do Washington Post informar que o governo Donald Trump pretende associar o uso do medicamento por gestantes a um aumento do risco de autismo.
Desde 4 de setembro, quando surgiram as primeiras notícias de que a administração americana avaliava potenciais vínculos entre o paracetamol – princípio ativo do Tylenol – e a condição, os papéis da Kenvue já acumulam queda superior a 10%.
Em comunicado no domingo (21), a empresa afirmou que “evidências científicas independentes e sólidas” não sustentam a hipótese de relação entre o uso do analgésico e o autismo. A Kenvue destacou que mais de uma década de pesquisas validadas por autoridades médicas e regulatórias confirmam não haver base científica para essa ligação.
Achou este conteúdo útil?
Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: Instagram | Facebook | Linkedin