Petrobras lidera corte global nos dividendos pelo segundo trimestre consecutivo
Pela segunda vez consecutiva, a Petrobras (PETR4) assume a dianteira no corte de dividendos em escala global, revela a 40ª edição do Índice Global de Dividendos da gestora britânica Janus Henderson. Investidores continuam a sentir os efeitos das mudanças na política de remuneração da empresa, que demonstra menor interesse em recompensar seus acionistas. Desta vez, […]

Pela segunda vez consecutiva, a Petrobras (PETR4) assume a dianteira no corte de dividendos em escala global, revela a 40ª edição do Índice Global de Dividendos da gestora britânica Janus Henderson.
Investidores continuam a sentir os efeitos das mudanças na política de remuneração da empresa, que demonstra menor interesse em recompensar seus acionistas. Desta vez, o corte atingiu a marca de US$ 9,6 bilhões em comparação anual.
No terceiro trimestre de 2022, a Petrobras distribuiu dividendos no valor de US$ 12,3 bilhões aos investidores, mas no mesmo período deste ano, o montante declinou para US$ 2,8 bilhões. A empresa, anteriormente a terceira maior distribuidora de dividendos do mundo no terceiro trimestre do ano passado, desceu para a 19ª posição em queda livre.
No entanto, a petroleira brasileira não está sozinha nesse desaceleramento do terceiro trimestre, conforme indicam os dados da Janus Henderson, gestora com aproximadamente US$ 308,3 bilhões em ativos sob gestão. Outra empresa que registrou recuo foi a mineradora australiana BHP, que reduziu seus proventos de US$ 12,659 bilhões para US$ 5,791 bilhões, comparando ano a ano.
A Janus Henderson aponta que os cortes da Petrobras e da BHP foram os responsáveis pela desaceleração dos dividendos globais no trimestre, resultando em uma diminuição nominal de 0,9%, totalizando US$ 421,9 bilhões no período. Excluindo dividendos extraordinários, câmbio e outros fatores técnicos, os proventos globais teriam, na verdade, crescido 0,3% no terceiro trimestre.
O relatório trimestral da Janus Henderson, que analisa 1.200 empresas em todo o mundo com base na capitalização de mercado, destaca que, sem a contribuição da Petrobras e BHP, o crescimento subjacente teria alcançado 5,3%. Essas duas empresas representaram os maiores cortes de dividendos no mundo durante o período analisado.
Confira as dez maiores pagadoras de dividendos do mundo:
- China Construction Bank Corp (US$ 12,989 bilhões)
- PetroChina (US$ 6,567 bilhões)
- China Mobile Limited (US$ 6,366 bilhões)
- BHP Group Limited (US$ 5,791 bilhões)
- Microsoft Corporation (US$ 5,052 bilhões)
- Evergreen Marine Corporation -Taiwan (US$ 4,741 bilhões)
- Cnooc (US$ 4,279 bilhões)
- Media Tek (US$ 3,904 bilhões)
- Apple Inc (US$ 3,752 bilhões)
- Glencore plc (US$ 3,706 bilhões)